15 de janeiro de 2013

Sessão de Contos



Passei por um mundo incrível e resolvi contar pra vocês sobre a história que vivi lá. Já pensou em um mundo todo feito de cristais de Sal?Pois é....ele existe!
Ouçam com música ! ^^

O Mundo do Cristal de Sal

      Em um lugar distante, havia uma jovem menina. Lisey não era uma garota comum, era a princesa do mundo de Krustallos, onde tudo era feito de cristais de Sal, desde os campos até as maiores muralhas; o amanhecer em Krustallos era um dos mais lindos que uma criatura pode vivenciar, pois os primeiros raios de Sol que penetravam nos cristais se dividiam em maravilhosos arco-íris por toda a extensão que se podia ver. À noite a lua fazia um espetáculo de luzes brancas derramando e ampliando seu reflexo em todos os cristais.  
Por ser um mundo de cristal, Krustallos
abrigava muita energia, e grande parte das criaturas viventes ali eram dotadas de algum tipo de magia. Mas nem todas as criaturas eram boas.
      No castelo havia uma cozinheira, chamada Zectra. Sua idade datava de um tempo longínquo e foi abrigada no castelo na noite do nascimento de Lisey. Sua chegada não foi à toa. A rainha estava com complicações no parto e suas criadas, desesperadas, não conseguiam ajudá-la. Silius estava perdendo sua rainha e sua princesa naquela cama de cristal, refletindo sangue contra a luz da lua.                                                                               
       Em um ato de desespero, o rei enviou sua águia para a floresta de cristal. Aquela bela ave voou habilmente no   emaranhado de colunas cristalizadas que formavam a floresta, até seu interior mais sombrio; em uma cratera onde vivia a feiticeira.
        A águia passou pelos espinhos de cristal envenenados que havia na entrada com rapidez e pousou delicadamente na mesa de cristal. Zectra se aproximou da ave e retirou o papel de sua pata para ler. Seus olhos se iluminaram de desejo quando viu a oportunidade que tinha em suas mãos.
                        - Antes eu precisarei jantar- disse Zectra olhando para a águia.
       Nenhuma criatura jamais conseguiu sair viva daquela cratera (exceto a feiticeira), mas isso certamente a pobre ave não sabia. Seu pequeno corpo já sentia o efeito do veneno dos cristais em que passou e cada parte dos seus músculos estavam enrijecendo aos poucos. Cada passo da feiticeira em sua direção aumentava o terror através das pupilas da águia e irradiavam cores escuras de suas patas para o tampo da mesa de cristal. Um último som saiu fraco da garganta daquela ave que jazia em pó de sal.
      Os portões do palácio foram rapidamente abertos para a feiticeira que chegava e Silius correu ao seu encontro.
                      - Zectra, eu lhe peço, eu preciso de sua ajuda!- sussurrou o rei com os olhos lacrimejantes.
                      - Você, que sempre achou o uso da magia do cristal um ultraje à sua majestade agora quer a minha ajuda?- disse a feiticeira. – Por que eu o ajudaria?
      O Rei, desconsolado, se ajoelhou em frente à feiticeira e disse:
                     - Eu me redimo à sua frente, senhora, e faço qualquer coisa para que salve a rainha e a princesa. O que me pedir, feiticeira, mas faça logo, pois elas estão morrendo a cada momento!
Com um sorriso vermelho no rosto, a feiticeira passou pelo Rei e entrou no Castelo. Abriu a porta do quarto onde estava a rainha desfalecida e sentou ao lado dela.
                    - Olá, Brisine, ainda se lembra de mim ou este radiante castelo apagou sua memória?- zombou a feiticeira.
                    - Zectra! Não pode ser! O que veio fazer aqui? Veio ver-me morrer? – gritou a rainha desesperada tentando se afastar da intrusa, mas estava fraca demais para se mexer.
                   - Vim salvá-la sua tola. Seu querido rei solicitou os meus serviços neste momento tão, como posso dizer, importante. – disse a feiticeira e com seus olhos brilhando de ganância agarrou o braço da rainha afundando ali suas unhas.
- Salvarei a menina, mas você será condenada a passar seus dias em um pequeno cristal de sal que carregarei comigo para que você veja eu desfrutar deste castelo que sempre foi destinado para mim!
        Das unhas da feiticeira saíam finos líquidos azuis irradiando pelas veias da rainha, que saltava os olhos de verdadeiro terror. Do lado de fora o rei ouviu o ecoar do choro da princesa e correu para o quarto. Viu o pequeno bebê vivo na cama de cristal, e com horror viu sua rainha ser banhada em veneno azul pela feiticeira.
                  - Não!! Gritou o rei investindo contra a feiticeira e derrubando-a no chão. Zectra levantou rapidamente, mas foi lançada para fora do quarto com um golpe do cabo da espada de Silius. Seu sorriso fechou quando percebeu que não conseguia usar sua magia fora daquele quarto, então os guardas a prenderam nos fundos do castelo.
Quando o rei voltou ao quarto, viu uma fraca luz que ainda iluminava os olhos da rainha e correu para abraçá-la. A rainha implorava para ver a filha e atendendo seu último pedido, Silius pegou a pequena princesa no colo e entregou à esposa.
                 - Nunca deixe uma gota de sangue de Lisey cair no cristal, me prometa Silius!- agonizou a rainha.
                - Eu prometo querida, mas não entendo, por quê?- disse o rei segurando a rainha desfalecida em seus braços.
                - Apenas nunca deixe...eu te amo...- sussurrou a rainha em seu último suspiro antes de seu corpo escorregar pelas mãos do rei em pequenos grãos de sal.
                                      
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        O tempo passou e a pequena Lisey cresceu. Uma linda garota que rodopiava em seus reluzentes sapatinhos de cristal nos bailes do castelo e enchiam seu pai de orgulho a cada dança. Silius com seu ar majestoso oferecia festas de gala todo último dia do mês em seu castelo de cristal. Este ritual era em nome de Lisey, que nascera no ultimo dia do mês de Outubro.
         O baile desta noite seria o mais importante baile do reinado, pois Lisey completaria 18 anos, o ano que a futura herdeira do reino ganha seu colar de cristal halite púrpura. Este raro cristal só aparece nas profundezas da floresta de cristal, e por estar há séculos enterrado entre cristais adquiriu a capacidade energética de irradiar em cores os sentimentos de quem o possui.
        Todos estavam felizes e dançantes no grande salão de cristal sob a claridade da lua transpassando o castelo. Silius, em sua poltrona, fitava o colar em suas mãos irradiando um tom amarelo vibrante; era sua felicidade que o colar mostrava, mas mal sabia o rei que este seria o último dia que veria Lisey.
         Zectra, a feiticeira, esteve confinada por vários anos na cozinha real, impedida de realizar seus feitiços para escapar, pois o castelo foi construído com cristais que impediam a qualquer criatura absorver sua energia para fazer magia. Mas aquela noite do baile era a oportunidade perfeita para a feiticeira se vingar da família real.
                      - Atenção, todos, à vossa majestade, o rei! – clamou o soldado real.
                      - Povo de Krustallos! Esta é uma noite muito especial para o reinado, pois minha filha, a princesa Lisey, recebrá o Cristal Halite, a jóia mais rara do reino!- proclamou o rei em meio a aplausos- E como todos sabem este colar marcará o início da busca de Lisey para encontrar o seu príncipe, pois o colar não mente!
       O rei levantou-se e com uma grande felicidade acomodou o colar no pescoço da jovem princesa. Lisey estava radiante e o colar transparecia um tom de amarelo intenso como que dizendo à sua nova dona seus cumprimentos.
Cada milímetro do cristal foi extremamente polido em forma de diamante e sua luz radiante dançava pelos dedos de Lisey até que em uma pequena parte pontiaguda a princesa cortou-se e uma gota de sangue carmim caiu, seguida pelos olhos aflitos do rei, no chão de cristal.
      Tudo aconteceu muito rápido. O Colar adquiriu uma cor negra e irradiava sua escuridão fortemente. Todo o castelo de cristal cintilava em tons de arco-íris e um eco horripilante de gargalhadas soava no grande salão.
                    -Hahaha! Finalmente chegou a hora!- cantarolou Zectra em seu magnífico vestido violeta, caminhando em direção à família real.
                   - O que está acontecendo!? Como você escapou, bruxa? – Bravejou o rei sacando sua espada.
                   - Sua espada de nada adiantará contra mim agora Silius!- disse a feiticeira transformando a espada real em pó de sal.
                   - Não é possível! Você não pode fazer magias aqui, o castelo não permite!- gritou o rei desesperado.
                   - Você é um tolo, Silius! Como acha que matei sua esposa? Pois eu vou contar, aqui para todo esse povo estúpido saber sobre o meu poder!
       Com um olhar vibrante, ela contou que apesar de os cristais do castelo neutralizarem a magia, havia um meio de os tornarem energizados novamente. Bastava que outra feiticeira derramasse uma gota de seu sangue para que o cristal em que estivesse tocando se energizasse. Naquela noite em que a rainha morreu, a cama de cristal estava energizada com seu sangue e era o único lugar que Zectra conseguiria fazer um feitiço. Depois de ser confinada na cozinha do castelo ela sabia que só haveria mais uma chance de escapar para se vingar, quando Lisey recebesse o Cristal Halite, pois este cristal irradiaria toda a energia da jovem feiticeira quando uma gota sua tocasse os cristais do castelo.
                   - Por que escolheu minha irmã, Silius? Eu sempre fui destinada à ser a rainha! Agora você sentirá a minha vingança!- Os olhos da feiticeira saltavam a cada palavra que dizia de ódio e expectativa.
       Os convidados estavam vidrados e não conseguiam se mexer de tanto terror ao ver a feiticeira lançar uma grande nuvem de fumaça branca por todo o salão do castelo. Lisey assistia a tudo segurando fortemente seu colar reluzindo um tom cinza de tristeza contra seu peito. Queria sair correndo, mas seus pés não lhe obedeciam. Ao virar-se parar falar com o pai, o desespero modificou o seu belo rosto; seu pai e todos do castelo haviam se tornado estátuas de sal.
                    - Jovem Lisey, a herdeira do trono. Tenho um presente especial para você. - disse Zectra fitando os olhos assombrados da princesa- Você, que todos dizem ser tão linda e delicada, conhecerá o mundo, mas nunca poderá tocar nele!
       A feiticeira não se aguentava de tanta felicidade em se vingar de todas aquelas pessoas e às gargalhadas evocou uma grande nuvem violeta que cobriu a princesa totalmente. Quando a nuvem desapareceu, Lisey era uma minúscula garota, presa dentro de um cristal de sal.
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      Muitos anos se passaram, e agora James finalmente poderia entrar nas escavações da Caverna Naica. Seus olhos brilhavam diante da entrada da caverna, com um ar de missão cumprida. Seu pai, um historiador apaixonado pelas lendas antigas, dedicou sua vida à encontrar um mundo que, segundo a lenda, se esconde na proteção desta grande Caverna.
      Um desabamento levou seu pai, mas deixou em James a missão de encontrar o mundo perdido na Caverna Naica. O jovem rapaz segurou firmemente a lanterna em uma mão e a mala de ferramentas na outra, e caminhou confiante caverna adentro. O lugar era gigantesco e monumentalmente lindo, com esculturas naturais de tirar o fôlego. A grandeza da caverna fez James desejar nunca sair dali.
       Depois de longas horas de trabalho extraindo minérios diferenciados da parede da caverna para estudá-los, James decidiu descansar na beira de um pequeno lago que havia lá dentro. Sentou-se, apoiou suas costas na mala de ferramentas e fitou a beleza que o lago lhe oferecia refletindo os cristais que havia pela caverna.
Na outra ponta do lago uma luz púrpura refletia bem fraca no chão. Curioso, James se levantou e contornou o lago até onde estava a pequena luz, era um cristal. James o pegou, o virou entre os dedos, mas não entendia o porquê este cristal irradiava uma luz colorida. Então, guardou o pequeno cristal no bolso e seguiu rapidamente para o barracão onde se instalou junto com outros pesquisadores.
     Com todo cuidado para que ninguém visse o estranho cristal, o jovem rapaz o colou sob a luz de uma lupa. Seus olhos não podiam acreditar do que a projeção lhe mostrava. Havia uma garota pulando e tentando dizer algo dentro do pequeno cristal!
O coração de James saltava nervoso em seu peito, não sabia o que fazer. Era uma alucinação? Não sabia em que acreditar. Olhou para todos os lados do barracão e em um canto de uma mesa havia um estetoscópio. Ele correu, o colocou em seu ouvido e na outra extremidade do aparelho colocou o cristal.
                - Socorro! Ajude-me, por favor!- gritava a garota dentro do cristal.
                - Céus, eu realmente estou ouvindo esse cristal falar!?- exclamou James fitando o cristal radiante.
                - Não, sou eu, Lisey quem está falando! Fui aprisionada neste cristal há muito tempo pela minha tia, a feiticeira Zectra. Preciso voltar ao meu reino para salvar os outros!- gritou a princesa
                - Não é possível, eu estou sonhando? Na na não consigo acreditar no que estou ouvindo!- balbuciou o jovem James para o cristal e o guardou no bolso.
     Ao anoitecer James não conseguia parar de pensar na cena surreal que vivera com o cristal. Subitamente levantou-se da cama, pegou o estetoscópio e caminhou para a Caverna Naica. Perto do lago onde achara o estranho cristal James usou o equipamento para ouvir a garota novamente.
                - Ah, olá seja você quem for. Você disse que precisa voltar para algum lugar, de onde você veio?- perguntou James, ainda incrédulo consigo mesmo por falar com um cristal.
               - Sou Lisey, preciso voltar à Krustallos para salvar meu reino da minha tia que enfeitiçou a todos para ficar com o castelo de sal. – disse a princesa tristonha.
     O jovem rapaz arregalou os olhos ao ouvir o nome do mundo perdido que seu pai passara toda a vida e que morrera procurando. Então a lenda é real! Krustallos, o mundo de cristal de sal, realmente existe!
               - Krustallos é real!- disse James em voz alta- Mas não sei como ajudá-la, há anos minha família procura pelo caminho que leva à Krustallos.
              - Eu tenho um colar de cristal halite, uma joia que me ajudará a encontrar a entrada para Krustallos novamente, mas preciso me libertar deste cristal em que estou presa para que meu colar funcione. - disse Lisey esperançosa- preciso que me coloque no lago, pois a água do lago Naica quebrará o feitiço!
     James fez uma concha com as mãos e submergiu o cristal no lago. Imediatamente uma forte luz branca irradiou de sua mão que começou a ficar cada vez mais pesada. O rapaz se afastou amedrontado e observava aquela nuvem radiante descer lentamente até a borda do lago. A linda princesa Lisey jazia inconsciente sobre o chão árido da caverna.
     Os olhos do rapaz não podiam acreditar em tanta beleza. Lisey era uma jovem de cabelos loiros como os raios de sol, e a pele branca como a lua. Vestia um vestido antigo das festas de vários séculos atrás que eram dadas nos castelos reais. Sua delicada mão pousava sobre o colar de halite, que cintilava um tom azul claro de tranquilidade.
James se aproximou devagar de Lisey e a chamou, mas ela não respondia. Seu coração começou a ficar aflito com receio de que ela não estivesse viva. Roçou delicadamente suas mãos pelos longos cabelos da princesa e a chamou novamente. Lisey abriu seus grandes olhos claros e fitou o rapaz por um momento. O coração da princesa disparava de felicidade vendo o sorriso daquele jovem rapaz e naquele momento o cristal brilhou fortemente um tom de vermelho vivo, estavam apaixonados.
     Segurando firmemente suas mãos, o rapaz a levantou do chão e ficaram por um momento fitando um ao outro e sentindo a energia do amor que crescia entre os dois. O cristal halite brilhava inquieto no pescoço da princesa, indicando com sua energia o caminho para casa. James se ofereceu para acompanhá-la até a entrada de Krustallos e lhe contou no caminho como sabia sobre o mundo do cristal de sal.
    Uma longa caminhada aguardava o casal no interior da caverna, um momento em que ambos contaram sobre suas histórias e compartilhavam a alegria do amor que crescia em seus corações. O final da caminhada chegou e os grandes portais de cristal de sal apareceram. James olhava emocionado para aquele monumento magnífico que os cristais emaranhados formavam e com o coração apertado fitava o estreito espaço que levava ao mundo de Krustallos.
    A princesa olhava para James e para o portal com lágrimas escorrendo-lhe pelo fino rosto, uma grande tristeza a invadindo e deixando o colar halite acizentado. O jovem rapaz então lhe segurou as mãos e jurou seu amor profundo à princesa, enxugou-lhe as lágrimas e a confortou dizendo que não a deixaria nunca.
                 - Encontrei Krustallos e meu amor, nada mais neste mundo me prende. Seguirei com você, querida Lisey, para onde for. – declarou James e juntos atravessaram o portal de cristal de sal.
    O castelo real ficava longe do portal e o jovem casal caminhou por uma noite e um dia até as portas do Reino. Lisey sabia o que fazer, não podia deixar Zectra assumir o reinado por mais tempo. Os portões do castelo se destrancaram ao seu toque, assustando-a, pois nunca havia usado magia antes. James olhava para tudo muito fascinado e também com um grande medo pelo que os aguardava no castelo.
Entraram no grande salão e Lisey se deparou com todas as estátuas de sal, que permaneceram por muito tempo esperando a sua volta. O castelo estava sombrio e os cristais não irradiavam mais a energia dos raios de sol, e se tornaram opacos e obscuros. Detrás das estátuas uma forma violeta andava sorrateiramente ao encontro da princesa.
             - Lisey!- bradou a feiticeira- não sei como você conseguiu voltar, mas se arrependerá disso!
             - Este reino não lhe pertence, Zectra! Retire o feitiço e desapareça do reino, para o seu próprio bem! Não permitirei que permaneça no castelo nenhum momento a mais. – gritou a princesa.
            - Hahaha! Como é tola, princesa! Eu deveria tê-la matado, como fiz com sua miserável mãe, mas não repetirei este erro novamente!
     Com uma grande fúria a feiticeira lançou de suas enormes unhas um fino raio azul em direção à princesa. Lisey concentrou toda sua energia fazendo seu colar halite irradiar explosivamente um tom rosa de luz protetora. A luz ofuscou sua visão, e impediu a princesa de ver os raios azuis da feiticeira se transformarem em pequeninos cristais de diamante.
     Quando seus olhos voltaram a enxergar novamente, a princesa se deparou com uma longa lâmina que transpassava o coração da feiticeira. James! Pensou Lisey procurando pelo seu amado. O jovem rapaz estava atrás da feiticeira com sua mão segurando firmemente a bainha da espada que abriu o peito de Zectra. Ao ver que sua princesa corria perigo, James encontrou uma espada e uma grande coragem invadiu-lhe para destruir a feiticeira.
     O sangue de Zectra derramara-se no chão do castelo, quebrando o feitiço das estátuas de sal, e com uma felicidade radiante Lisey via todos do castelo voltando à vida. O corpo da feiticeira, assim como o de suas vítimas, jazia em um amontoado de grãos de sal.
      O rei abraçou longamente a princesa e com muita gratidão por ter salvado o reino, o rei Silius se curvou para James em agradecimento. Lisey contou ao pai que encontrara em James seu verdadeiro amor e naquela mesma noite ambos de casaram. Todos os convidados aplaudiram demoradamente o novo casal real, e com um beijo apaixonado a energia de James e Lisey se juntaram fazendo o colar de cristal halite irradiar uma forte luz vermelha de amor por todos os cristais de sal do castelo.

ESCRITORA: Juliana da Silva Martins
Ano: 2013

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