25 de janeiro de 2013

REFLEXÕES por :Juliana Martins


VIDA E MORTE
Como está sua jornada?

Quando você sabe, que irá morrer. O que você fará?
Quando sua história passa pela sua mente, em flashes. Quando o seu cérebro está muito, muito longe de você, e sua existência se torna tão, tão pequena. O que virá?

Você observará a leveza de suas pálpebras se fecharem; e abrirem. Sentirá um guerreiro batendo entre suas costelas, lutando, mantendo sua vida pulsando. Ouvirá o som do vento ecoando em seus pulmões, o aroma das moléculas em suas narinas. Cada pelo de seu corpo será percebido por você; seu corpo estará conversando com você.

Uma lágrima irá clarear a visão de seu universo interno, e imóvel você correrá pelos bosques dos mistérios, e então as importâncias de sua existência serão reveladas a você.  O ônibus
que você perdeu; o telefone que você não atendeu; o trabalho que você odiou, ou deixou passar; as ignorâncias que te cegaram; o livro que não leu; os arrependimentos que sofreu; a dúvida que te corroeu; os momentos que amaldiçoou; a vida que desperdiçou. Olhará para tudo em uma vitrine, com outros olhos.

Seu Eu interior sentará com você em uma grande poltrona e mostrará uma pequena formiga. E aquela minúscula criatura no chão carregando um grande pedaço de folha topará com o
seus pés. Aquela pequena formiga irá chorar? Irá amaldiçoá-lo por estar no caminho? Não, ela contornará seus pés e continuará sua jornada, pois está em paz consigo mesma e então, tudo à sua volta estará em paz com a pequena criatura.

Seus olhos incrédulos perseguirão, com reflexão, os passos dela para a escuridão da jornada. Pois não cabe aos outros saber o que virá para os terceiros.

E você pensará: “O que fiz quando não consegui realizar aquela viagem? Quando estava infeliz no trabalho? Quando nada fazia sentido? Quando perdi o filme que ia passar na TV? Quando estava triste? Quando estava com raiva? O que fiz quando grandes pés entraram no meu caminho tranquilo”? 

Então, seu Eu interior acende as luzes da sua mente e com um singelo sorriso lhe estende as mãos. Você entendeu o que significa viver. Quando percebeu que irá morrer. Você sentiu o que vale a pena buscar. Quando percebeu que nada durará para sempre. Mas não se preocupe, enquanto aquele bravo guerreiro pulsar vida do seu corpo para sua alma, você poderá tentar de novo.

Então, as portas de sua mente são abertas para uma visão e sensação diferentes da sua própria vida. Você está vivo, mas morrerá. Um dia. Até lá, feche os olhos, sinta o gosto do aroma na respiração, ouça seu coração, converse com seu corpo. Nenhuma criatura está viva para sofrer, e sim para viver com toda sua intensidade.

Não importa sua idade, respire fundo e ouça seu corpo. Livre-se de tudo que você rotula “precisar” e pense naquilo que você sente precisar em sua vida. Como humanos necessitamos sermos úteis em nossa sociedade, mas apenas seremos felizes se a nossa colaboração nos trouxer aquela paz interior.

Você pode ser presidente de uma empresa, escultor, professor, ator, músico, adestrador, sorveteiro, jardineiro, escritor, monge. Isso, acreditem, é o que menos importará na sua jornada. Não importa o que você é, e sim o que você sente sendo. Não faça nada somente pelo dinheiro, mas use o dinheiro que ganhará do seu trabalho para suas conquistas.

Plante um grão de feijão.

Um grão de feijão em terra seca nunca germinará. Contudo, se você regar esta terra, em apenas um dia verá uma minúscula plântula empurrando o peso da terra para sentir a luz. Verá que esta planta necessitará todos os dias que a terra esteja úmida de água; e se você esquecer-se de regá-la, no dia seguinte sua planta murchará e perderá aos poucos sua vida.

Nós somos como os feijões. Precisamos todos os dias viver com nossa mente regada de tranquilidade para que vivamos longamente. Se vivermos descontentes com algo, nossa mente secará -como a terra- e dia após dia, nós adoeceremos.

Faça um teste para saber como anda sua jornada. Plante um grão de feijão. No dia que se sentir feliz e em paz consigo mesmo, regue-o. No dia que estiver triste e descontente, deixe de regá-lo neste dia. Observe seu feijão. Ele crescerá e produzirá sementes? Ou morrerá? 
Meus feijões

Autor(a): Juliana S. Martins

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